Saravá!
Ano passado o cinema brasileiro foi presenteado com uma das obras mais ricas em cultura brasileira dos últimos tempos - Besouro, da capoeira nasce um herói.
O longa dirigido por João Daniel Tikhomiroff, e produzido por Vicente Amorim e Daniel Filho, conta a história de Manoel Henrique Pereira, escravo que não sabia ler e escrever, mas tornou-se o capoeirista mais conhecido do Brasil.
O Brasil estava passando pela fase pós-abolição, antes de 1888, os escravos não eram cidadãos, mas tinham comida e moradia, com a abolição tornaram-se livres, mas desempregados e sem lugar para morar. Com 20 anos de idade, Besouro (Ailton Carmo)percebia que praticamente nada havia mudado na vida dos negros, mesmo com a abolição, muitos deles eram escravisados e torturados, naquela época, o Candomblé era proibido e a capoeira também.
Como toda geração, sempre há um espírito corajoso, uma mente pensante, uma alma inconfomada. Não foi diferente com Besouro, que não levava desaforo para a casa, que não abaixava a cabeça para os senhores de engenho e foi morto a facadas por um filho de fazendeiro. Diz a lenda que Besouro tinha o corpo fechado e foi morto por uma faca de madeira de ticum (única arma capaz de matar uma pessoa com o corpo fechado).
O filme baseado em fatos reais mistura ficção e magia, mostra sutilmente as forças da natureza durante a batalha de Besouro, a influência do Candomblé e a fé nos Orixás.
A apresentação dos Orixás, em Besouro.
Axé.
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